As “lentes” pelas quais enxergamos o mundo foram construídas a partir das nossas experiências passadas. Às vezes, agimos de diversas maneiras em diferentes contextos, e não temos a clareza do porquê, mesmo percebendo e reconhecendo que tais atitudes nos trazem retornos não favoráveis.
Dizemos que, se não estamos conseguindo mudar, é porque de alguma maneira é “funcional”. Exemplos disso são os relatos comuns em consultório como: “as pessoas se aproximam de mim por interesse”, “gosto de ter tudo no controle”, “não consigo me expor por medo da rejeição”, “não acredito na felicidade”, “quero abraçar o mundo”, “não consigo dizer o que realmente sinto”, “se eu falar o que quero a pessoa vai embora”, “se for para fazer, tem que ser perfeito, do contrário nem começo”, “não sou bom o suficiente”, “as coisas têm que ser do meu jeito”, entre outros… Agindo assim, perdemos oportunidades importantes para nosso crescimento pessoal, e obtemos como efeito ansiedade, estresse, cansaço, esgotamento, sentimento de desvalia e impotência, queixas muito comuns das pessoas nos dias de hoje.
A terapia pode nos ajudar a compreender o que mantem tais comportamentos e trocar essas “lentes”. A construir e descontruir regras pessoais que nos auxilie na mudança da nossa relação com o mundo. Dentro de um contexto profissional de escuta, acolhimento e empatia, a relação terapêutica é construída de modo a propiciar o autoconhecimento, compreendendo as experiências passadas, entendendo os comportamentos atuais e pensando em conjunto novas formas de agir, identificando os contextos apropriados e seguros para estas mudanças, e aproveitando as habilidades já existentes no repertório comportamental da pessoa, de modo a se obter um retorno mais realizador, satisfatório e feliz.